Deméter
Das sementes que plantaste, nascem agora as tuas incertezas, os teus medos.
Das flores que descendem dos teus ombros, brotam mágoas. A tua incessante procura pelo que mais amas leva-te à loucura, à insanidade da tua própria criação. Partilhas a tua essência com quem não espera mais de ti, cortaram-te as raízes, e mesmo assim esperas incessantemente que essa árvore dê flor.... És vida, és esperança,
és a colheita do teu próprio sangue pois dele saiu a tua angústia e a raiva que te perturba hoje, esperas amanhã apaziguar.... Não tentes encontrar-te, não deixes de te procurar, Deméter...